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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A MULHER DO GENIVAL



O Cumpade Zeca estava faz tempo de olho na bela mulher do Genival,seu vizinho,amigo e compadre.Ela também,morena fogosa,de vez em quando arriscava um olho,uma espécie de namoro de caboclo,como se diz aqui,mas,que não ata nem desata.Um belo dia,véspera de uma viagem que os três fariam ao sítio do Zeca,ele a abordou na varanda e declarou sua paixão,paixão de cavaleiro andante,capaz de pular qualquer obstáculo.Exagerado,disse que pelos belos olhos dela pularia num abismo,enfrentaria todas as leis do mundo e morreria feliz.

Durante a viagem houve um contratempo chato e eles tiveram que pernoitar numa aldeiola que só tinha uma pensãozinha pobre, com um quarto disponível.Como fazer com a dormida?

Genival sugeriu que podiam dormir os três na única cama de casal que havia,sendo que,Maria,a mulher,numa ponta,o compadre na outra e o marido,no meio.Para evitar tentaçõe s

,colocariam uma taboa,separando Maria dos rapazes e tudo correria bem até o dia seguinte.Assim foi feito.

Durante a viagem,á cavalo,o compadre aproveitou para recitar de novo os galanteios e juras de amor,voltando a dizer que,por Maria enfrentaria as penas do inferno.Pularia sobre todas as convenções.

Aí,Maria falou:

-Sê besta,cumpade,tu nun teve corage de pulá uma taboa...

Um comentário:

  1. Ah, os falastrões espalhados por ai, né Miriam? E tantas Marias sedentas de ir de encontro às convenções,kkk. Muito bom este conto.Meu abraço de luz.

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