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domingo, 24 de junho de 2012

VIVAM OS SANTOS DE JUNHO!


JUNHO/12






As festas de  Sto.Antonio
O mês de junho é mês de festas,no Nordeste.Fogueiras,comes e bebes,novenas e trezenas,bandeirolas,quadrilha,forró.Antigamente,também balões.Mas,o santo da devoção das moças e senhoras é mesmo StoAntonio.A tradição desta festa vai há mais de 300 anos,e,chegou até nós,graças aos portugueses,que herdaram dos celtas,pois,nessa época,começava o plantio,e,de invocavam e festejavam os deuses,para obter boas colheitas.Minha avó,nunca deixou de festejar Sto.Antonio;tinha um bem grande,de madeira,barroco,bem gorduchinho,com  o Menino Jesús,nos braços.Mal começava o mês,toda a casa se mobilizava.Nós,as crianças,corríamos para o armazém de Jesuino,para comprar papel de seda,de todas as cores,mas,principalmente azul,cor do santo.Faziamos as flores em papel crepon,bem bonitas,variadas em formas e tamanhos,trabalho para minha mãe,que era muito prendada;as crianças ajudavam a cortar e colar as bandeirolas coloridas,usando a goma arábica,cuidadosamente,para não manchar.A guarnição do altar de três andares,ainda tinha vários enfeites e guirlandas,enfeitados com areia brilhante,papel dourado,anjos,faixas de agradecimentos,em tafetá,tudo ao gosto do santo.Rezava-se o Responso,para achar coisas perdidas e tirar das aflições,pois a fama do santo era imbatível.Nenhum mais milagreiro que ele.”Se milagres desejais,recorrei a  Sto.Antonio,”era um dos versos do responso.”Recupera-se o perdido
Rompe-se a dura prisão
E,no auge do furacão,
Cede o mar,enraivecido.
Quando o milagre acontecia,rezavam-se as trezenas,em agradecimento,com flores,de preferência angélicas,rosas e cravos,cânticos,fogos,fogueira e muita comida:canjica,lelé,cocadas,milho assado e cozido,amendoim,bolos diversos,pães,mingaus de milho e tapioca,bolinho de estudante,também chamado “punheta”,talvez por causa do formato,comprido e grosso,sei lá...E,havia os licores...A boa dona de casa,os preparava ela mesma,o genipapo de infusão ,de ano prá ano,na boa cachaça,dentro de uma vasilha escura,de vidro,para não pegar sol.,escondida no porão;havia licor de maracujá,cajá,passas,rosas(feito pelas freiras do Bom Pastor)e licor de tamarino;ainda não falei da doçaria,sequilhos de côcoe nata,que desmanchavam na boca,alfenins,carecas de arcebispo,olhos de sogra,já estou engordando só de lembrar.!Vinha muita gente,pelo santo e pela comida.Milhares de fogos,vulcões,rodinhas,traques,bombas,chuvinha,as crianças se regalavam.A fogueira,imensa,no meio do quintal,enfeitada de guirlandas ao redor,as pessoas pulavama fogueira,viravam “compadres e comadres,”as moças e os rapazes,iniciando um namoro,pois o santo é,acima de tudo,casamenteiro.Escolhido o pretendente,era a hora das “simpatias”;quem quisesse saber com quem ia casar era só arrumar uma bacia virgem,encher de água,e,colocar nela papeluchos com o nome  dos candidatos,dobrar bem dobrado,na noite do dia 12 e colocar num quarto bem escuro;no dia seguinte,13,ia verificar;o papel que estivesse aberto,continha o nome do noivo prometido.Era pau,casca;não falhava.Também havia a simpatia dos limões,esta bem portuguesa:numa caixa,colocavam-se três limões;um bem verde,outro meio verde e um bem maduro;deixar num quarto bem escuro,á noitee,no dia seguinte,a moça pegava,ao acaso,um limão;se viesse o bem verde,ia casar com rapaz moço;meio verde,com um homem maduro;já o maduro,ningu´em queria;significava casar com velho,possivelmente viúvo e com filhos,prá a moça acabar de criar.No fim da festa,distribuía-se os pães bentos,pequenos,redondos,que não se comia;se punha na lata da farinha,para a  casa ser sempre farta.Muita mocinha afoita não resistia e comia o pão proibido,diante da imagem,pensando no amado,para apressar o casamento.
Bons tempos que não voltam mais,pois a força do progresso,silenciou as tradições,como diz a música.
Mas,eu lhes digo;continuo acreditando.”Que seria de mim,meu Deus,sem a fé em Antonio!”Além do mais,meu marido é Antonio,lisboeta e nasceu em junho.Quer mais!????





       SÃO JOÃO DO CARNEIRINHO
Ai,São João,São João do carneirinho
Diga lá prá S.José
Que é prá ele me ajudar
Prá meu milho dar
20 espiga em cada pé.
Tão antiga a  festa de S.João!
Remonta á cultura céltica,coincidindo com o solstício do verão para os povos do hemisfério norte.Era o tempo das colheitas.Por isso,acende-se fogueiras,dança-se em volta do fogo,salta-se as chamas.
Todos sabemos a importância do fogo,para os antigos;qualquer celebração era á sua volta,pois a fogueira representa a força do sol,um espantalho contra as forças maléficas e um amuleto contra calamidades.
Já para nós,a fogueira,segundo a lenda,veio de uma combinação entre as duas primas,Maria e Isabel,ambas grávidas,uma esperando Jesus,a outra,João;quem tivesse o filho primeiro,avisaria á outra,acendendo uma fogueira,naquele tempo sem celulares nem telégrafo.João chegou primeiro e Isabel acendeu a fogueira no alto do monte,para avisar a outra.
Quem trouxe a tradição de S. João para o Nordeste foram os padres jesuítas;os índios logo aprovaram a idéia da festa já que adoravam danças e festejos ao pé do fogo.
Por um motivo que não me recordo,proibiu-se as fogueiras em 1855.Logo depois,uma terrível epidemia da cólera assolou a cidade e o povo entendeu aquilo como um castigo divino;não se brinca,impunemente com S.
João!
As brasas da fogueira são consideradas bentas;assim que se apagam devem ser guardadas;elas garantem uma vida longa e saudável.
No interior existe o costume de se colocar uma árvore no centro da fogueira para tentar a sorte.Mas,se a árvore tombar na direção da casa---Misericórdia!—é sinal de morte certa para o dono.Agora,se a árvore for consumida pelo fogo,sem cair,é fortuna e prosperidade,na certa.Esse costume não é nosso.Na França,queimavam a árvore de S.
João,em Nôtre Dame;também lá,o povo disputava o carvão,que guardava como amuleto.Satisfeita,eu vejo que nossas tradições resistem ao progresso;porque as pessoas são sempre as mesmas,nossos medos ancestrais continuam latentes,nossas crenças nos talismãs de bom augúrio,também,por isso,as garotas ainda enchem a boca d’ água e se postam atrás das portas,esperando que alguém grite o nome de um homem,que será o futuro pretendente;outras enterram uma faca virgem na bananeira,pois a inicial que se formar é a do futuro noivo;algumas lutam com agulhas dentro d’ água ou papelinhos enrolados com nomes masculinos;o que abrir,será o do prometido.Assim,S. João vai impondo seu papel;sai vencedor do tempo.Pena que nunca acorde pare ver o quanto é esperado e festejado;ignora as  adivinhações que se fazem em seu nome e as cantilenas que se repetem,ano após ano:
Em louvor de S.João
Sim ou não....






                      SÃO PEDRO, O DAS VIÚVAS
Nos dias de hoje só as viúvas festejam São Pedro. Só elas queimam fogueiras,talvez,para abafar o fogo nos seus corações solitários.
 Contudo, o santo continua imbatível nas adivinhas.
Um oráculo respeitado.
Na Bahia de outrora, contava-se a estória de uma mocinha que andava triste com a falta de pretendentes, numa época em que o casamento era a única ocupação da mulher e seu único refugio contra as privações e os azares da sorte.
Ela fez todas as adivinhações de São João e nada de aparecer uma pista ;uma vez apareceu um véu de noiva na clara do ovo,mas,tanto podia significar casamento como mortalha.
Aí ela tomou uma decisão. Benzeu na fogueira uma vasilha com água,derreteu o chumbinho que antigamente vinha preso nas ourelas das peças de tecido e deu prosseguimento ao ritual.Acreditem,vocês,garotas de hoje,que ficam,azaram,vão ás baladas e não estão nem aí para pretendentes.Dentro da bacia,apareceu,nitidamente a figura  de um homem jovem,com um violino  ao queixo,de pé,num navio.
No ano  seguinte,já mais tarimbada nas adivinhações,rezou a oração de S. Pedro e postou-se atrás da porta da rua com a boca cheia de água,como se fosse fazer um bochecho.Não demorou muito,ouviu alguém gritar;
_Francisco,Francisco!Anda prá casa, menino!...
Meses depois aportou a Salvador uma embarcação,trazendo um violinista chamado Francisco,que andava sempre com a cabeça um pouco inclinada para o lado.
O navio apresentou um defeito qualquer e teve que ficar quinze dias no porto,tempo suficiente para os enamorados se encontrarem,namorarem e casarem.
È verdade e dou fé.Sei que foram felizes para sempre.



                      A MALDITA CACHAÇA

Zé da Serra renova o cordel nordestino


No cordel, "A Maldita Cachaça", publicado pela Editora Pimenta Malagueta,a editora da inovação e renovação da arte de publicar,o autor dá um toque pessoal ao cordel nordestino.
Confira na nossa loja virtual.

lojaedpimentamalagueta.com.br

Mas,antes,leia este trecho ,para degustação:

Assim fui ficando moço
Alcançando a mocidade
Bebendo pinga no mato
E whisky na cidade,
Não rejeitava bebida
Cerveja, vinho e batida,
De toda variedade.
...........................


Eu passei quarenta anos
Fazendo merda na vida
Alem de beber, fumava
Juntava o fumo e a bebida.
A cachaça e o cigarro
O mau hálito com pigarro,
E a garganta dolorida.
.......................

Era difícil um velório
Não ter pinga pra beber,
Falo na minha franqueza
Sem vergonha pra dizer,
Que eu ficava satisfeito
Quando eu via um sujeito
Arquejando pra morrer.




Divertido e educativo.

Confira!







              PURO HUMOR!




...ESSA NÃO ARDE NO SEU BOLSO!












quarta-feira, 13 de junho de 2012

MUDANÇAS,MUDANÇAS



Pois é, cansei do visual dos meus blogs,vocês,não?
Desde 2008 a mesma coisa,uma chatice!
Blogs cheios de penduricalhos sem importância, formatação ás vezes prejudicada, principalmente , graças á minha inexperiência com a tecnologia ,resolvi melhorar,sempre pensando nos meus leitores e seguidores.
Aproveitei a nova tecnologia do blogger e mandei brasa.
No início,fica um pouco confuso, mas,quando a gente aprende a lidar com eles,acha bem melhor.
Temos muitas maneiras de ler matérias: a classic, o sidebar,o mosaico (que acho muito interessante), o magazine,flipcard,snipeshot e timeslide.Basta um clic.
Pode-se ver quase todos os assuntos na mesma tela e escolher o que interessa.
A formatação jornalística também facilita muito o passeio por todos os gêneros que compõem, geralmente ,o meu blog.
Humor, artigo de fundo, textos literários,poemas,tudo na mesma página e muito melhor formatado.
Continuam os mesmos tópicos existentes no modelo antigo,os comentários (basta clicar no pé da página),os links,quem sou eu,os blogs recomendados e seguidos,os seguidores,tudo.
No lado direito de cada blog tem uma pequena faixa preta.Clicando ali aparecem todos esses detalhes.
Espero que continuem comigo por muito tempo.
Inté!



domingo, 10 de junho de 2012

VENDER LIVROS, UMA BOA BRIGA!




Pronto. Seu livro chegou, sua editora caprichou,está tudo bem e você está feliz.
Enfim,é um escritor.Colega de João Ubaldo e Balzac.Nada mau para quem pensou nunca ter seu sonho realizado,mas,lutou por ele. Quem luta, vence.
Seu problema agora é vender o livro.
Não pergunte o que sua editora fará por você; evite surpresas desagradáveis e esperanças depositadas em vão.
Temos aqui dois casos diferenciados.
Se a editora comprou seus direitos,ela terá todo interesse em vender seu livro.Afinal,investiu e os editores, como todo comerciante ,não gostam de perder dinheiro.
Então, ela bole com o pé e com a bolsa;chama os distribuidores que põem seu livro nas livrarias de todo o país,convocam a mídia,pagam boas propinas para que você apareça em programas de TV, fazem crer que você está na lista dos mais vendidos,dão rasteira nos bons escritores sem dinheiro,pagam a peso de ouro espaços em Bienais e lhe colocam no topo da pirâmide.Mas,se esquecem de avisar aos russos,isto é,aos leitores.E, apesar de todo  dinheiro gasto,de toda apelação, o livro não vende.Encalha.Depois de três tentativas carregando o defunto a editora desiste.Congela você e corre atrás de outro,mais rentável.Seus livros?Vão acabar nos sebos ,vendidos a dez réis de mel coado.Duvida? Acabo de comprar pela Estante Virtual um livro novo,nunca usado ou folheado, de um autor famoso,mas,que deixou de ser publicado,por apenas $20.E o livro,nos áureos tempos .era vendido por $80.
E, aposto  que esse autor nem sabe que está” ensebado” e nunca recebeu nada de direitos autorais,nem os dez por cento de preço de capa que as editoras concedem ao dono da obra.
Existe outra modalidade muito em voga,no momento.Você manda o arquivo,a editora publica sem você gastar um tostão,mas,ela é a dona do livro.Mexe no seu texto,faz o autor reescrever o livro todo para ficar “moderno”,decide a capa, enfim,é como se você parisse,entregasse o bebê bem amado,mas, não pode dar pitaco na educação dele.
Quando o livro fica pronto – pasme- o autor recebe 10 exemplares  e,se quiser mais tem que pagar á editora  para recebê-lo.Gente esperta ,essa,não?
E, não são grandes editoras,não, editoras de fundo de quintal,que podem sumir a qualquer momento.Só esse ano vi umas dez desaparecerem sem deixar rasto,enquanto outras sumiram com o dinheiro do autor.Basta abrir o facebook e clicar “editoras fajutas”.
O autor nem dispõe  do livro para deixar com amigos ou tentar a venda entre seus leitores.
Fazer o que,se está preso num contrato draconiano ,de no mínimo,cinco anos?
Mesmo assim ,encontrei autores muito contentes com isso.
Recebi muitas ofertas com o essas,mas,declinei todas.Preferi pagar os meus livros e ser dona deles.Andei certo.”A Bahia de Outrora” já está na terceira edição e os “Contos Apimentados”,na segunda.
Apesar de ser dona de editora,sinto-me á vontade para falar sobre isso,porque,acima de tudo sou escritora.e, passei por tudo isso e recebi muitas dessas propostas indecorosas.
Abri uma editora para publicar os meus títulos.Mas,ela foi crescendo,fui merecendo a confiança dos colegas que me indicaram a outros e  vamos crescendo.
Antes de ser escritora fui vendedora de livros, gerente para o Sudeste ,de uma grande empresa editorial.Gerente muitas vezes premiada.Vender livro é minha paixão.
Já arregacei as mangas.Certamente,os livros dos autores que escolheram a Pimenta não vão encalhar.
Nos próximos artigos falaremos sobre as editoras que trabalham sob  demanda e cujos autores pagam para ter seus livros publicados.









OS HAICAIS DO OSIRIS


O escritor Osiris Duarte,que faz questão de acrescentar,de Curitiba, é um mestre em hacais.
Vindo das frias plagas onde também florescem outros grandes escritores como o Prêmio Camões, Dalton Trevisan, reside ,hoje, em Lisboa para onde lhe levou o seu talento e disposição.
Confesso entender pouco de haicais,embora os ache uma magnífica prosa poética.
Mas,com o livro de Osiris , "haicais &haicus" tenho aprendido muito.

O livro é bilingue,está em Espanhol e Português,porque foi feito para correr mundo,mostrando o valor do hacaísta brasileiro nos mais diversos cantos da terra.
Para quem deseja aprender a fazer haicais, o texto "Diretivas para a iniciação de um haicaísta" é muito proveitoso.
Mas, para quem deseja apenas degustar poesia, é imprescindível tê-lo na sua estante, na mesinha da sala ou no escritório,para descontração.

UMA PEQUENA AMOSTRA DA POESIA


HAICAIS AO VENTO
pingos amarelos
espalhados pelo chão
são ipês ao vento.


HAICAIS Á NOiTE
fim da madrugada
que termina devagar-
que sol demorado!


HAICAIS INFANTIS

dorme um nenê
no balançar do cestinho
criança ou anjo?


HAICAIS RURAIS

ao redor do fogo
chá de canela bem quente
e bolo inglês.




IVAN LESSA




Partiu, hoje, de Londres para o infinito, aos 77 anos, o escritor Ivan Lessa,autor de três livros,colaborador do Pasquim e  da BBC.
Saudades eternas.

ÚLTIMA CRÔNICA DE IVAN LESSA

Orlando Porto. Taí um nome como outro qualquer. Podia ser corretor de imóveis, deputado, ministro, farmacêutico. Mas não é. Trata-se de um anagrama de um escritor francês – e ator e ilustrador bom e autor e figurinha difícil francesa e aquilo que se poderia chamar de “frasista”.

Feio como um demônio, no meio da década de 50 cansei de dar com ele dando comigo lá pelo Boulevard St. Germain, xeretando o Flore, o Lipp, fazia uma cara que quem ia dizer algo importante e logo sumia na companhia do Jean-Pierre Léaud, aquele maluquinho dos filmes autobiográficos do Truffaut.s
Dupla estranha. Os desenhos do —esse seu nome, artístico ou de batismo, Roland Topor— eram bacaninhas. Mas sempre foi Orlando Porto para mim.
Fez cinema também. O Inquilino do Polanski, o Reinfeld deNosferatu, do Werner Herzog. Até que bateu o que ocultava seus pés: umas botas estranhas como ele.
De vez em quando, numa revista esotérica, dou com ele. Ei-lo numa em inglês com “100 boas frases para eu matar agorinha mesmo”. Se chegou ao fim, e chegou, foi pelo cachê. Meros galicismos literários.
E aí trago à cena, mais uma vez, porque cismei, mestre Millôr Fernandes. Esse era profissional. Nada a ver com “frasista”. Trabalhava com a enxada dura da língua. Nunca para dar a cara no Flore, principalmente com Topor e Léaud.
Reli umas 100 frases do Orlando, ou Topor, e não resisti à tentação de, em algumas delas dar-lhes uma ginga por cima e outra por baixo, à maneira do frescobol querido do mestre, só para exercitar os músculos muito fora de forma.
Cem razões: Faço por bem menos, mas mais Copacabana e Leblon. Algumas raquetadas minhas em homenagem ao mestre cuja falta continuo sentindo:
- Melhor maneira de verificar, antes, se já não estou morto.
- Mas não se mata cavalos e malfeitores?
- Pelo menos eu driblaria o câncer.
- Milênio algum jamais me assustará.
- Apanhei-te horóscopo! Pura enganação!
- Levo comigo a reputação de meu terapeuta.
- Pronto, agora não voto mais mesmo! Chegou!
- Aí está: uma cura definitiva para a calvície.
- Enfim cavaleiro do reino de sei lá o quê.
- A vida está pelos olhos da cara. Pra morte eles fazem um precinho especial, combinado?
- Enfim, ano bissexto nunca mais. Esses ficam para o Jaguar. O resto pro Ziraldo.
- Ao menos é uma boca de menos a sustentar.
- Só quero ver quanta gente vai sincera no meu funeral.
- Pronto! Inaugurei estilo novo: Arte Morta.
- Sabe que minha vida não daria um filme. O livro eu já escrevi. Deixem o desgraçado em paz, peço-lhes.
- Custou, mas estou acima de qualquer lei que vocês bolarem aí.
- Levou tempo, mas cortei enfim meu cordão umbilical.
- Roncar, nunca mais. Nem eu nem ninguém ao meu lado.
- Que desperdício nunca ter fumado em minha vida!
- Consegui preservar o mistério sempre giarando em meu torno.
- Maioria silenciosa? Essa agora é comigo.
- Na verdade, nunca me senti à vontade nessa posição incômoda de cidadão do mundo.
- Ei, juventude, pode vir que pelo menos uma vaga esrá aberta.
- Emagrecer é isso aqui.
- Agora é conferir se, do outro lado, sobraram tantas virgens assim.
E assim, cada vez que um”frasista” passar por perto de mim, leve uma nossa: minha e de Millôr. Dois contra um a gente ganha mole.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/06/120608_ivan_lessa_rw.shtml



                                              CANTINHO DO HUMOR